Olá, tudo bem?
O boletim de hoje é de comemoração! Março é mês de Estúdio São Jerônimo! Sim, esta alcova digital encantadora fez três anos no dia 22, arianíssima 🔥, e a news completa seus seis meses com seis boletins. Uau! Vamos indo aos trancos e barrancos, mas com muito empenho, amor, palavras pra dizer, e cadernos para abrigar tantas letrinhas! (Encomende comigo!)
Haverá como sempre os lidos, ouvidos, idos e assistidos, mas em clima de festa. Vocês vão presenciar um pouquinho mais do meu humor e comfort places. Essa foi uma das mais difíceis de escrever, reescrevi mais de quatro vezes, porque não quis emitir, mas sim omitir opinião. Estou de saco cheio, sério. E por mais que me ache correta no que eu penso, há tanta gente falando groselha por aí sem saber (ou até sabendo demais) que eu gostaria muito de não ser vista como vejo as pessoas, haha. Talvez em breve algo mude e o mau humor volte, mas é tão difícil ficar alegre que não quero sair da crista da onda, sabe? E falar mal de inteligência artificial não vai deixar ninguém menos bilionário ou menos otário, então… 🤷🏻♂️ Quem quiser papo de bar comigo me responde no privado que aí a gente fala mal de Deus e o Diabo na Terra do Sol hehehe
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Bora lá?
LENDO 📚
BRAUDEL, Fernand. O Espaço e a História. O Tempo é minha maior obsessão, e fui buscá-lo na historiografia para poder fazer meus próprios trabalhos sobre este que nos devora. Braudel estudou o Mediterrâneo e fala das grandes, médias e curtas passagens do tempo, de transformações geográficas milenares ao cotidiano e como a geografia afeta a vida humana e vice-versa. Um tesouro.
CRUZ, Stéffani. Confessionalismo feminino e suicídio. Esse texto da Stéffani está tão bom quanto o que recomendei na news passada. Achei bastante responsável e profundo.
LEROUX, Gaston. The Phantom of the Opera. Falei tanto de máscaras no último boletim que quis conhecer a mais famosa delas.
ORWELL, George. Por que escrevo. Minha história com o Orwell é comprida, e qualquer comentário sobre ele e a CIA não me interessa, pois é irrelevante perto do seu trabalho como escritor. Esse pequeno livro é muito importante, especialmente o ensaio que dá nome ao título. Vou falar melhor em textos futuros no site, pois merece elaboração.
VENDO 📺
A Cor Púrpura — o CCBB está com uma mostra especial de Steven Spielberg no cinema. É ótimo porque eu sou cliente do melhor Banco do Brasil e pago meia entrada (R$5 reais) para ver filmes excelentes do passado nas telonas do prédio mais bonito do único bairro que nutro amor nessa cidade. Nunca havia visto A Cor Púrpura, mas já dei o livro de presente e sabia que seria de doer. Nunca passo maquiagem e resolvi ir bonita, mas me esqueci que ia chorar igual uma desgraçada kkkk. Whoopi Goldberg é minha querida desde a infância. Me identifiquei com algumas relações daquele filme, e me encantei com as atuações.
Doutor Gama — disponível na GloboPlay, assisti para o curso Ler o Brasil. Achei muito competente, é uma personalidade que deveria ser citada sempre e com a grandeza que combine com seu trabalho. E discordo de quem achou o filme fraco.
Fantasia — não vi quase nenhum, mas esse é sem dúvida meu filme favorito da Disney e ponto final. Vi umas cinco vezes seguidas no início do mês. Falarei mais dele no Algorab Corvus.
Mauro Motta — a primeira meia hora do produtor musical no Papo com Clê é dedicada à sua amizade com Raulzito dos Santos Seixas, o maior homem que já existiu. Depois, ele fala também de seu trabalho com outros artistas, como Roberto Carlos. Sobre o RC, inclusive, recomendo o texto da Jess da
, que leu a biografia confiscada do Paulo César de Araújo (que não é o meu pai, apesar de ter o mesmo nome e sobrenome e ser fascinado pelo Rei) e fez uma crítica pertinente e competente sobre o amigo do Tremendão:O Lobo da Estepe — li o livro em 2019 e dele fiz uma escultura em papel. Muito me admirei quando achei o filme no YouTube. Nem sabia que havia filme, nem que era simplesmente MAX VON SYDOW o Harry Haller e mais: com as feições da minha escultura! Morri e nasci de novo. É um filme maluco e belo. Não é um livro favorito, mas é muito especial e que merece ser relido e elaborado adiante. Foi um divisor de águas muito grande na minha vida. Por sua importância vou deixar o Max com máxima resolução aqui (desculpe a piada boba, mas quero fazer bobagens hoje).
(Ignorem que nesse último post eu falei breguices de Jovem do tipo “sobreviver não é sobre viver” kkkk, mas estou melhorando com a prática da escrita).
A Night at the Roxbury — minha escrita às vezes pode ser meio pesada, mas eu pessoalmente sou a maior fã que existe dos filmes do Will Ferrell. Numa noite qualquer pesquisei todas as comédias românticas ruins de natal ou outono que ainda não assisti em todos os streamings a que tenho acesso, mas nada me interessou. Lembrei da Pluto.TV e estava lá: Will de chapinha, costeletas, roupas cafonas, Haddaway, Los Angeles, anos 1990. Evellin (minha irmã) ainda não viu, mas esses dois são todinhos a gente. O filme foi feito a partir de um sketch do Saturday Night Live (SNL) que tinha o Jim Carrey também.
The Shining as a romantic comedy — terror com comédia é a combinação perfeita! Aqui o algoritmo foi beneficente para a minha vida.
The Shooting AKA Dear Sister é mais um sketch do Saturday Night Live (SNL) baseado em cenas finais de uma série que nunca me interessei em ver: OC. É genial. E deem uma olhada no Lonely Island. Foi aí que conheci o Andy Samberg e depois assisti B99 ♥
Tubarão — também da mostra Spielberg, convidei a Débora para vermos seu filme favorito. Minha gente, eu tinha dado 4,5/5 estrelas quando vi em casa. Mas ver aquele oceanógrafo, aquele pescador e aquele peixe nas telonas é tão… SEXY. Que filme perfeito. Não recomendo assistir com fome: tem peixe e álcool em toda cena e eu quase morri de inanição. E ele também dá sede: de sangue de otário. Sou team tubarão. 🦈 tubarão: te amo! ttt-tô apaixonada! E P.S.: um dia o estúdio será tal qual a oficina do Capitão Quint: vou cozinhar ossos e fazer aguardentes artesanais (brincadeira, vou colecionar réplica de ossos e aguardentes de marca regulamentada ((🤥👀))).
Farewell and adieu to you fair Spanish ladies.
Farewell and adieu to you ladies of Spain.
For we've received orders for to sail back to Boston.
And so never more shall we see you again.
— Capitão Quint
OUVINDO 🎧
Colm R. McGuinness (lê-se Column) é um músico irlandês que ficou famoso no TikTok por cantar músicas piratas (creio eu que Hoist the Colours foi a primeira) com esse tipo de voz que eu tanto amo que é Baixo (que é mais grave que Barítono, do meu amado e sempre citado Jake Smith). Colm também trabalha com música para videogames e tal, e é muito estranho descobrir que ele é mais novo do que eu. Bom, sou fã de Piratas do Caribe desde a escola, passei meses enchendo o saco da moça da locadora para ter o pôster de Dead Man’s Chest (e agora acabo de me lembrar que eu não sei como mas perdi, e que possivelmente eu dormia com o amor da minha vida — na época era o Capitão Jack Sparrow —, Davy Jones, na cabeceira da minha antiga beliche). Infelizmente os videoclipes são todos bregas e nem todas as músicas funcionam com essa voz, mas quando o assunto é pirataria e demônios marítimos o som fica absolutamente perfeito. Toda vez ouvindo um Barítono e um Baixo no fone de ouvido eu penso apenas: imagina uma voz dessa de manhã cedo de mau humor tomando café preto? É o relacionamento que eu estou pedindo a Deus.
Loadeando é a música do D2 com o filho Sain que eu não compreendo o motivo de estar indisponível no Spotify. Lá pra 2004, eu assistia a Confissões de Adolescente1 com minha irmã (12 e 6 anos, respectivamente) na TV Cultura — e também tinha o livro. Até hoje deve ser a série favorita dela (ela é a Carol — Deborah Secco — e eu amo a Bárbara — Georgiana Góes). Daí a gente sempre foi ligada na lógica da programação de TV, sabe-se lá como. Então sabíamos que em determinado comercial, que acho que era depois da série, todo santo sábado ou a cada quinze dias, ia tocar Marcelo D2. Como sou cafajesta, sempre achei ele um gato (por sorte tinha a idade do Sain para poder achá-lo também, com todo o respeito de uma criança para outra), e achávamos um máximo a criança comentando sobre os altos e baixos do dólar (o verso é tão inesquecível que para tudo que eu queira que contenha frete internacional, D2 responde mentalmente pra mim “deixa o dólar dar uma baixada que a gente compra”). E a dança no fim, cara… Que maravilha. Melhor que a música é toda a lembrança de um cotidiano específico, e é por isso que sou fascinada pela História do Cotidiano.
Metallica Live in Brazil (1993-2017) — eu não tenho mais idade pra saber o porquê de uma das minhas bandas favoritas ter um disco coletando os melhores momentos em shows aqui no Brasil, não estou a fim de pesquisar, então vou fingir que eles nos amam incondicionalmente, tanto é que o James chorou em BH. Como são belas as lágrimas de um metalhead sexagenário. Como podem ver estou na vibe do Metallica. Na verdade é quase sempre, se não estou assistindo ao videoclipe Turn the Page pra ressuscitar da minha melancolia, estou dançando Whiskey in the Jar ou fazendo um brinde ao meu amor platônico da escola que me fez amar essa banda (falecido aos 26 anos) ao som de The Unforgiven, ou pensando em Cthulhu e Hemingway ao ouvir meu disco favorito que é Ride the Lightning.
So you walk into this restaurant
All strung out from the road
And you feel the eyes upon you
As you're shakin' off the cold
You pretend it doesn't bother you
But you just want to explodeYeah, most times you can't hear 'em talk
Other times you can
All the same old clichés
Is it woman, is it man?
And you always seem outnumbered
You don't dare make a stand
Make your stand— Turn the page2
Red Hot Chili Peppers vem para o Brasil e tenho ouvido muito ultimamente, o Unlimited Love para chorar de saudades da minha Nininha que teria feito 16 anos dia 14/03 e o What Hits!? para me lembrar do primeiro cd deles que comprei, nas Lojas Americanas, por menos de R$15,00. Mas antes de tudo isso acontecer me apareceu o Funky Monks completo no YouTube, e revi depois de muitos anos (agora já sabendo inglês de ouvido, e tendo outra cabeça musical). É o documentário da gravação de Blood Sugar Sex Magik, um dos álbuns mais perfeitos que já ouvi, que foi indicado por um ex-professor de matemática (o melhor que já tive, infelizmente com as piores opiniões políticas).
INDO 🚶🏻♀️
Machine Rock Bar é o mais novo bar de rock da Vila Formosa. Super agradável ver um cover bom, tem sinuca e uma parede com armas antigas de mentira, tequila barata, palco decente, totalmente a minha vibe.
Citei dois filmes do cinema do CCBB. É bom, bonito, barato, pequeno, não fede, e tem cafeteria no térreo, mais a exposição do Marc Chagall (leia a edição anterior). Simplesmente meu lugar favorito nesta cidade depois do Mosteiro de São Bento.
O ESTÚDIO 🦅
Estou terminando um projeto que tem a ver com um conto muito querido que já devo ter lido mais de dez vezes em menos de um ano. Não sou de reler as coisas, então vejam só que especial! Acho que vocês vão gostar.
Além disso, os bordados entrarão em cena, porque costurar é comigo mesmo. Aguarde os itens disponíveis na loja. Neste mês aprendi a fazer marcadores de páginas de crochet com tassel e… velas! Isso mesmo. Está em período de testes, mas vem muito aí!
Voltei a encadernar e aceitar encomendas singelas, porque a reforma ainda não aconteceu. Você pode me contatar aqui.
A Páscoa está chegando e rolou mais uma parceria com minha amiga Débora da confeitaria artesanal Docinho de Abelha! Fizemos uma rifa que será aberta esse final de semana; os prêmios são um caderno capa dura de 100fls com costura copta e miolo Pólen 90g sem pauta + 1 ovo trufado de 500g. Por haver alimentos perecíveis, esta oferta valeu apenas para São Paulo e região metropolitana onde possamos entregar pessoalmente.
Me diverti demais com essa rifa, pois foi minha primeira vez como administradora, fiz questão de ser em papel porque estou numa guerra pessoal besta contra algoritmos e inteligência artificial, e com essa cartela raiz de times de futebol que eu nem conheço eu pude me sentir aqueles caras tipo o Mendonça. Pretendemos fazer mais dessas, e talvez eu faça sozinha também, daí pode ser nacional porque cartonagem tem data de validade beeem maior :)
Março também é mês de Algorab corvus! O corvinho místico também faz três anos (hoje! dia 28!) e finalmente inaugurei a newsletter. Essa é só pra quem curte mitologia, simbolismos, astrologia e tarot clássicos, vilania e quer cair nas tetas da maldade.
Por hoje é isso, pessoal. Sinto que não tá no pique do mês anterior, e dei uma escorregada na minha promessa de matar as redes sociais na minha vida, mas sigo em frente com esse sonho, e acredito que o texto só não está melhor porque estou conseguindo trabalhar bastante na vida tangível e isso me deixa muito satisfeita e cansada. Meus planos a curto prazo incluem terminar um texto para a outra news, começar alguns para o site no formato de artigo, voltar a redigir para o Querido Clássico e que o próximo boletim seja bem bacana pra vocês.
Agradeço inscritos e assinantes, não imaginava que nesses seis meses teria tanta gente interessada nesse formato aqui!
Beijos
Helen
Eu não estou assistindo, mas deixo aqui meu episódio favorito da série, que é A Bela e a Fera. Quem me conhece sabe que eu amo um ogro, e este aqui se chama Lacraia e usa cropped e depois macacão jeans, tem covinhas nas bochechas, é alto e veio da roça. Só faltava uma motocicleta ou uma caminhonete setentera e pronto ♥
Composta por Bob Seger em 1971 e lançada em 1973, foi regravada pelo Metallica em 1998. Salvou minha vida diversas vezes nos últimos 14 anos.
Como sempre, uma lindeza de newsletter.
amiga, esses tempos eu citei na minha newsletter um vídeo em que colocaram uma trilha de sitcom no exorcista, juro kkkkk
lembrei por conta da que vc colocou do the shining.
https://www.youtube.com/watch?v=U1Y3uE9DRNc&ab_channel=FredericoA.C.
p.s: o documento trololó no final me quebrou kkkk