Olá, tudo bem?
Vou começar dizendo que Bella está bem! Depois da última news, descobrimos que ela teria que operar para fechar o buraquinho que não sarava, e para remover a pele na qual foi feita uma biópsia. O resultado foi uma dermatite que foi controlada por antibióticos, nada de tumor ou qualquer coisa crônica. Isso me aliviou tanto, e ao mesmo tempo não acredito que o pior já passou (ou nem mesmo existiu): continuo entorpecida, tentando voltar para a normalidade. Como eu disse à veterinária, sei lidar melhor com notícias ruins do que com as boas. Coisas para se modificar. Ainda assim, estamos em dias de atenção pós operatória, porque a danadinha tem uma língua venenosa e me enganou, mesmo com dois colares elisabetanos diferentes.
Justamente hoje o grande amor de minha vida, Raul Santos Seixas, faria 78 anos. Dá pra acreditar? Sempre comemoro vida e morte desse canceriano sem lar que era o luaR aos avessos. A foto abaixo Wipsley me mandou, e achei muito nossa cara estar tão feliz na lápide de quem amamos. Gritei quando vi que foi no ano em que nasci. Agora vovó Ritinha 2 (a 1 é a mãe da minha mamãe) foi de disco voador encontrar o amigo/ídolo.
Enfim, vamos lá?
LENDO 📚
MASON, Nick. Inside out. Li para o texto que escrevi do Pink Floyd, e já digo a você que quer pesquisar qualquer coisa: mais importante do que ler algo sobre algo, é ler o algo em si. Vou falar de uma obra do Pink Floyd? Preciso saber do Pink Floyd sobre a obra. Depois vou para as referências. Ou antes, o fato é que a fonte é sempre superior à referência. É importante dizer isso porque o cancelamento é basicamente o julgamento moral a partir de uma fofoca. Um cancelador, e não importa se é uma mocinha militante de Centro Acadêmico de Humanas, é como um linchador de praça pública. E se não se atém aos fatos, é um propagador de fake news. Já pensou nisso? Enfim. Impressionante como o livro está caro, e também a nova tradução mudou o título secundário. Tenho esse livro há uma década, me lembro de ter comprado na Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos. Foi a única vez em que pisei naquela região, e me lembro de esperar meu ex-namorado ir ao banheiro com o livro na mão. Um senhor de quarenta anos (eu tinha vinte, então ele me era senhor; é engraçado pensar que quarenta pra mim hoje em dia é nada no tempo, amo envelhecer) passou por mim com um carrinho de bebê e disse “esse livro é muito bom, você vai gostar”. Eu amo esses momentos entre estranhos quando a gente pode se comunicar assim:
ORWELL, George. A Revolução dos Bichos (A Fazenda dos Animais). Deixo aqui uma edição curiosa, que traduz de forma literal o título do livro Animal Farm: a fairy story. Como este livro foi base para meu primeiro artigo acadêmico, sei algumas coisinhas curiosas: toda publicação da Editora Globo que tiver um tal de Heitor Aquino Ferreira como tradutor, e eu tenho duas edições do mesmo, se trata na verdade de um agente da Ditadura Militar Brasileira que traduziu o livro como se fosse uma obra anticomunista (assim como fizeram com adaptações diversas mundo afora), sendo que Orwell tinha experiência socialista mais alinhado à linha de pensamento trotskista (lutou, por exemplo, pelo P.O.U.M — Partido Operário de Unificação Marxista, junto aos republicanos, contra os fascistas de Francisco Franco na Espanha, e ali tomou um tiro no pescoço). Obviamente sou contra cancelamento e censura de qualquer período histórico, penso que vale colecionar traduções e compará-las. Para quem é minimalista e pouco interessa ter mais de um livro, teste o da Cia. das Letras/Penguin porque, pelo que vi, possui informações históricas. E, convenhamos, o nome original é muito melhor.
ORWELL, George. 1984. Releitura, como o livro anterior. Quando o professor me perguntou qual seria o tema para meu primeiro artigo acadêmico, disse “o disco Animals do Pink Floyd e o livro Animal Farm do Orwell”, porque naquele preciso instante, em 2012, eu lia 1984. Surrupiei de uma biblioteca de escola que era tratada como depósito, tentei começar quatro vezes, e só então descobri um dos meus escritores favoritos. Tem certas coisas que precisamos dar segunda, terceira e quarta chance, uma leitura é uma opção saudável. O autor é canceriano também: fez aniversário dia 25 agora.
Pus a edição da Penguin como link de referência porque, não que eu queira ser O Grande Irmão e estabelecer a Editora Oficial do Partido (até porque seria o Estúdio São Jerônimo), mas as capas da Penguin são as maiores e para mim as únicas possíveis. Nada de lettering, arabescos, verde neon, capa dura que descola, capa aveludada que fica encardida. Não. A simplicidade de uma brochura faixa-preta, sei lá, é tipo assistir ao Bruce Lee lutando. Não precisa de capa, mas conteúdo. Be water, my friend.
SARTRE, Jean-Paul. The Wall. Num dos artigos que li para o texto do Querido Clássico, o pesquisador citou Sartre como uma das inspirações de Roger Waters. Não citou fontes, mas eu quis ler para entender. Até agora li o conto que intitula o livro e gostei demais. Se traduziram para o português, não faço ideia.
Fora isso li vários artigos para o texto que escrevi sobre Pink Floyd The Wall. Acabo de apagar um mundo de coisas que escrevi sobre minhas motivações, porque não quero comentários discordantes (aqui é a Grande Irmã digitando). Mas, basicamente, a mídia internacional e pessoas importantes de outras instituições, que são contra o posicionamento de Waters sobre política e as guerras (ele é socialista e pacifista, filho de um comunista morto pelo nazi-fascismo na Itália), que é bem parecido com o de Lula, inclusive (e graças a Deus), começaram a apontá-lo como apologista ao nazismo que ele tanto é contrário, e os jornais, especialmente os brasileiros, pegam pedaços de verdades e transformam em mentiras, tal qual o duplipensamento do Ministério da Verdade orwelliano: tratam o uniforme criado pelo artista Gerald Scarfe (o mesmo de Hércules), com símbolos criados para o filme — que remetem sim ao fascismo mas não são símbolos diretamente fascistas, apenas uma paródia — como objetos de apologia ao nazismo, sendo que são objetos de denúncia ao nazismo.
Esse espantalho foi sugerido pelo governo alemão e chegou até o Brasil. Os jornais falam que faz parte do show, mas não falam que faz parte do filme, do álbum. Fica no ar que pode ser ou não. Não é, obviamente. Parece carne de vaca falar de The Wall, mas não tínhamos quase 8 bilhões de pessoas na década de 80. The Wall é um cult popular, mas um cult, e nem fã da banda entende (já que muitos votaram num verme anos atrás). Qualquer desavisado pensaria “que horror!”, e qualquer extremo-direitista comentaria que o nazismo é de esquerda. Percebem? Parece piada se indignar com uma coisa dessa, é uma das fake news mais descaradas e risíveis, mais que qualquer bobagem espalhada nos últimos anos. Parece inocente, mas não é. Por que esses países europeus não tentam barrar os manifestos neonazistas em Paris? Em Tampa Bay? Essas minhas perguntas são retóricas, porque sei exatamente onde esses líderes políticos querem chegar, e como estão se movimentando geopoliticamente. São os Gargantas e Napoleões da Granja dos Animais, e os O’Briens e Big Brothers de Oceânia (leiam George Orwell, é bom demais).
No fim, foi excelente rever e reouvir The Wall depois de tantos anos. Hoje eu tenho uma visão completamente diferente, é como se tivesse ouvido pela primeira vez. E sempre me identifiquei com o Pink, mas nunca tanto como agora. Eu chorei descaradamente em cenas que jamais pensei. O muro que eu mesma ergui diante do mundo é tão assustador quanto o próprio mundo, e é por eu e tantos outros nos identificarmos com a decadência mental de Pink que este filme é um sucesso há quase meio século. Não envelheceu mal, muito pelo contrário: é uma distopia absolutamente atual.
VENDO 📺
Eu vi esse vídeo incontáveis vezes. Gostaria muito mesmo de fazer meu passaporte, pegar meu visto e seduzir Dakota Seixas, o neto de Raul e da esposa dele que é a minha favorita: Glória Vaquer. É tipo uma estátua de Bellini se movimentando, fiquei apaixonadíssima e não é brincadeira!
De Glória e Raul eu guardo essa lindeza no coração:
Na verdade, não importa o quanto Raul dava de si: nunca era suficiente. Sempre queriam mais. As gravadoras, os empresários, os fãs, o governo. Todos sempre esperavam e queriam algo diferente dele. Queriam o que eles próprios nunca poderiam ter: a coragem de ser Raul Seixas.1
Right now the sun doesn't shine
He's loaded on wine
Though I can laugh in the storm
Because I was born
When the sun used to shine in June
— Raul Seixas e Glória Vaquer, Sunseed
Na véspera da cirurgia de Bella eu fiquei um caco e resolvi rever O Sétimo Selo com ela dormindo do meu lado. Se não for claramente perceptível, sou extremamente dramática. Mas foi um momento excelente para rever um dos meus filmes favoritos. Dessa vez fiquei mais atenta ao Gunnar Björnstrand que ao Max von Sydow. É um ator excelente (e lindo), e personagem mais ainda. Amei ver a reação final de cada personagem, é muito curioso e eu faria um texto só sobre isso. Mas nada de spoilers! É preciso assistir a essa preciosidade. Escolhi uma das cenas mais angustiantes porque era como eu me sentia: agônica.
Pode guardar um segredo?2 — é uma comédia romântica super bobinha, que deve ter sido baseada em livro young adult sem dúvida. Ou seja: adoro! Tem milhões de inconsistências e faltou vingança contra uma personagem específica, mas é completamente alegre, bonito, não gasta neurônios e era tudo que eu precisava depois de tanta lamúria, absurdismo, existencialismo e paranoia. Entrou no meu hall de indicações porque é como uma pessoa comentou no letterboxd: “o sorriso de Tyler Hoechlin e os olhos de Alexandra Daddario vão me matar”. Eu gosto dele desde Teen Wolf e dela desde True Detective, por mais que tenha assistido mil vezes Percy Jackson (que é péssimo mas revejo sempre, e de preferência dublado porque o dublador Wendel Bezerra compara Hades ao Zé Ramalho).
Pink Floyd—The Wall. Eu acabei falando lá em cima né? Minha gente, eu nunca escrevi tanto. Terminei o artigo para o site pensando: nossa, dez anos atrás eu demorei seis meses para escrever 15 páginas… Hoje em dia produzi dez com três sentadas, e ainda deixei muita coisa de lado. Muita mesmo! Mas não vou dizer mais agora. Espero guardar esse pique para textos futuros. Deixo abaixo vinte minutos do próprio Roger tendo que explicar seus 79 anos de existência para esses jornais salafrários. Eu adoro as poses de deboche que ele faz, morri de dar risada. Mas é triste pensar que você luta a vida inteira a favor de A e contra B, e quando você está nos últimos anos vem gente querer dizer que na verdade você era contra A e a favor de B. Acho que uma das piores lutas da humanidade é contra a ignorância e o mau-caratismo, é triste demais. Deplorável, humilhante. Quem ainda o considerar antissemita ou mesmo fascista, eu indico suas publicações oficiais e discursos na ONU, em shows. Ele é claro como o próprio sobrenome. Sobre a rispidez dele, bem… assista o The Wall ou conviva comigo. Nossa cólera é semelhante.
OUVINDO 🎧
Para mim não existe no mundo inteiro, nem na história, música mais bonita que essa:
Me sinto muito orgulhosa em dizer que quem tem menos de 30 anos não vai entender isso, mas eu me lembro da primeira vez que tocamos um CD: tio Russell chegou em casa com um som portátil e o CD O Som das Olimpíadas de 1996, brinde da antiga Arapuã (ligadona em você). Ele estava mostrando para nós e me lembro de papai colocar o cd no aparelho de cabeça para baixo. Eu, atenta, disse “não, papai, é assim”. Antes disso, papai me levava ao Brás, e comprava Fitas K7 Sony e BASF para gravar Roberto Carlos na Antena 1. Ele teve bem umas 50 fitas só do RC, adquiridas nos camelôs com suas lonas no chão. Numa dessas viagens, e eu deveria ter de 4 para 5 anos, ele comprou alguns cds de fundo dourado, coleção Obras-Primas. Eram os artistas Agepê, Caetano Veloso e Raul Seixas. Vendo aqui, foi em 1996 mesmo, então na verdade eu tinha 3 ou 4 anos.
Toda folga dele no fim de tarde, em que ele descia da casa dos parentes, avisava que estava chegando gritando bem alto: eeeeeeeeeeeeeeeu sou a mosca! Já mamãe, sempre conta que quando era adolescente (pela idade do disco, creio que ela ainda era criança), os vizinhos da calçada da frente ficavam tocando violão (ou ligavam o rádio do carro, eu não me lembro e ela está a mimir) às vezes você me pergunta…
Se eu li o Livro da Lei de Aleister Crowley, me interessei por hinduísmo, e sinto orgulho de a pizzaria do meu bairro se chamar Al Capone é tudo por culpa dele.
Enfim, se eu for falar de Raul Seixas eu falo mais do que de Pink Floyd. Sem brincadeira, e todo jovem sonhador vai me entender, eu só estou viva hoje por causa da música, e só sou quem eu sou por causa do rock and roll. Não porque eles me fizeram ser quem eu sou, mas porque eu vi que já existiu gente como eu no mundo. Quando parei de alisar o cabelo, não foi por nenhum movimento identitário, porque nem existia ainda uma conversa massiva sobre isso. Eu parei porque odiava tudo relacionado a salão de beleza (e ainda odeio), e porque pensei: se o Slash é esse gostoso com um cabelo igual o meu, então vou ser uma gostosa com prazer. Se eu tivesse barba e mais 4kg eu seria um perfeito sósia do Raulzito, somos dois cancerianos sem lar. Roger Waters em 1982 deu machados nas mãos de crianças para destruir uma escola em uma ópera-rock, e eu em 1999, sem ter ideia de quem ele era, combinei com uma coleguinha de levar enxadas e machados para destruir a Emei Benjamin Constant. Como todo processo revolucionário, fui traída e levei bronca na fila de escovar os dentes, como o porco Bola-de-Neve. Enfim, o que quero dizer é:
Conserve seu medo
Mas sempre ficando
Sem medo de nada
Porque dessa vida
De qualquer maneira
Não se leva nada
— Raul Seixas, Conserve seu medo
autoexplicativo
Tenho usado bastante o YouTube na televisão, porque fico pastorando Bella e fazendo yoga. Descobri que existem playlists curiosas que duram horas, e criei uma playlist de playlist, chamada Playlists Específicas. Tem música para quando você quer se sentir um monge copista recebendo uma revelação dos céus, para quando você quer se sentir no faroeste, numa casa vitoriana, numa mansão assombrada, no espaço, ou (minha favorita) no quarto do Drácula. É ótimo para quando não lembro de nenhum artista que quero mesmo ouvir, mas também não quero silêncio, e sim uma ambientação para varrer a casa.
ESTUDANDO 👩🏻🎓
Como disse em boletins passados, retomei meu curso de História da Arte com o professor Claudinei esse semestre, já que quando paguei aconteceu o lockdown e não consegui participar. A última aula foi há uma semana, e acho que a melhor coisa que aconteceu foi eu ter envelhecido antes de retomar, e de ter vivido a gravura na prática para ter um aproveitamento maior.
Recomendo que você faça também, ou que indique a alguém. É uma extensão da PUC que tem muito Lukács, Goethe, Caravaggio, Dom Quixote (puxa vida, que chute!) entre outros grandes nomes. Depois da aula do Fausto que tive na especialização, até fiz um artigo. Ah, e ele também dá aula no MIS.
História da Arte - A arte como expressão social da renascença à modernidade
Desconto de 25% para ex-alunos da graduação da PUC-SP que concluíram o curso nos últimos dois anos e desconto de 20% para demais interessados. O desconto será aplicado em todas as mensalidades dos cursos de Pós-Graduação Lato-Sensu e Extensão da Educação Continuada, para matrículas realizadas até 30/06/2023.
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Fofinho Rock Club existe há cinquenta anos e já foi frequentado por Raul Seixas. Fui pela primeira vez inclusive ver cover da banda dos meus amigos de Guarulhos Cachorro Urubu, ano passado. Na segunda ocasião, a noite da Trindade do Rock: os eternos e etéreos Deep Purple, Black Sabbath e Led Zeppelin. Foi uma experiência que ainda estou refletindo, porque foi inédita em diversos sentidos. Com base nos meus dez anos de frequência nos pubs paulistanos, esse sem dúvida está em primeiro lugar no ranking.
O ESTÚDIO 🦅
Esqueci de comentar na última news que me inscrevi e que vou participar novamente do projeto Escambo Gráfico! Para a 3ª edição — e minha segunda participação — vou me arriscar na xilogravura. Treinei bastante desenho essas semanas, ferrei com a ponta do meu buril, juntei informações e comprei lixas, lixei os topinhos de madeira, editei uns rascunhos no Photoshop… Só falta o essencial: passar pra madeira e cavucar, para depois imprimir na colher. Estou morrendo de medo e de vontade.
Dia 15/06 para os ortodoxos é dia de São Jerônimo, e eu obviamente comemorei:
Assim como comemorei o Dia dos Namorados com arte. Não senti necessidade de falar do pai do Dória, não fiquei triste nem entediada. Fiquei feliz e pensei no tipo de amor que eu acho deveras belo, e esse amor está presente no filme Lisbela e o Prisioneiro. Curiosamente nem é tanto Lisbela e Leléu (também), mas é Frederico Evandro e a Morte, é Inaura ao som de Elza Soares. Fiz numa manhã alegre e qual foi minha surpresa com Matheus Nachtergaele curtindo. Ele nem atuou no filme, deve seguir a hashtag de Guel Arraes. Parece besta, mas minha amiga Talma percebeu com palavras o que percebi com o coração: meu personagem brasileiro favorito, que cenograficamente morreu no mesmo chão de igreja que eu pisei lá na Paraíba, curtindo um post meu sobre o amor, que é nordestino, lambe bala marcada e acende velas para os desenganados. Foi um belo dia dos namorados para mim. O amor é filme!
Finalmente desmontei minha mesa de trabalho e vou remontá-la num quartinho do 1º andar, muito mais precário que o meu quarto, mas com melhor luz e ventilação. O show deve continuar, e tenho ideias que quero muito concretizar e abarrotar o estoque da loja para vocês comprarem e compartilharem. O boca-a-boca de vocês é muito importante, viu? Enquanto isso encomendem e considerem a assinatura paga da newsletter. Me dêem esse presente de aniversário! É dia 06/07.
Na curva do futuro muito carro capotou
Talvez por causa disso é que a estrada ali parou
Porém, atrás da curva
Perigosa eu sei que existe
Alguma coisa nova
Mais vibrante e menos triste
— Raul Seixas, A Verdade sobre a nostalgia
Glória Vaquer em “Nos apaixonamos sem rima e sem razão: conta ex-mulher de Raul Seixas”. Grifo meu. Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.
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Como é bom te ler antes de começar de verdade o meu dia, amiga. Você tem uma escrita que me encanta muito! Amei demais você ter falado do Raulzito, porque ele também fez parte de quem eu sou, assim como aquele nosso papo sobre o RC. Eu me lembro de ter meu primeiro contato com ele com um CD de coletânea dele, que minha avó brincava dizendo: "Olha aí, é o Raul bêbado." KKKKKK. Depois eu passei a escutar os vinis dela, principalmente o "O dia em que a Terra parou", cuja capa é uma obra-prima pra mim.
Me identifiquei bastante com a parte sobre os efeitos do rock em você, mas adaptado à minha realidade, as coisinhas velhas, haha. Eu acho que olhar para o passado e perceber que outras pessoas eram como nós é um alívio, a certeza de que, assim como nós, outras também estão por aí se identificando com essas coisas. Achei poético, como tudo o que você escreve.
O Sol finalmente está em nosso amado signo, também amei que você foi listando os melhores cancerianos da paróquia. O Bergman é o canceriano na sua definição-mor: os filmes dele exalam perturbação, sensibilidade, ironia, tudo isso atrelado a uma certa tristeza intrínseca, um lado meio melancólico que percebo nas pessoas mais próximas que também são cancerianas.
Enfim, amiga, eu floreei e floreei para dizer que adorei o texto! Quando nos virmos de novo, preciso te emprestar o livro do Nanini, você vai gostar de ouvi-lo falar sobre os trabalhos dele com o Guel Arraes e outras coisas. Ele também gostaria de ler a sua news, eu acho.
Um beijo!
Amiga kkkkk Na hora de escrever eu me esqueci completamente de o Bergman ser canceriano! E sabe da maior? O FILME THE WALL TAMBÉM É, e o dia do Rock 🤣 Parece que me afundei nos cancerianismos esse mês ☺️ adorei sua definição do Bergman, e é essa perturbação e tristeza que mais amo nele.
Estou encantada com esse comentário, amo como a gente tem lembranças parecidas e completamente diferentes.
E obrigada pelo Nanini! O grande Vela de Libra e cangaceiro Severino 🥰 Se ele me lesse eu nem sei como reagiria.
Muito feliz sobre esse comentário e sobre o que acha da minha escrita. Isso também é motivo de eu querer continuar 💜