Há quatro anos eu criava o Estúdio São Jerônimo (dia 22) e o Algorab Corvus (dia 28) no instagram. São corvos que posso considerar como meu Hugin, pensamento (o estúdio) e Munin, memória (o oráculo). E vice-versa também.
Quando fiz minha primeira gravura em metal, fiz questão de deixar um dos corvos cego. Este é Munin. Veja: o pensamento é a razão, analítico, matemático, recorre a fatos e argumentos. Regido por Mercúrio, Hermes, o ágil. Memória é o que sobra de subjetivo, pista do passado, rastro de acontecimento, imagem, vislumbre, aroma do que já teve corpo. E a Memória vai desvanecendo, ela é um véu. Titânide mãe de todas as artes, regida pela Lua, Selene, mas também Ártemis e Hekate. Enfim, mitos que eu faço questão de costurar retalhos, como pingentes que brilham e chacoalham num pano colorido.
A Memória é traiçoeira. Precisamos dizê-la e redizê-la para de algum modo fixá-la em mente, para manter vivo o que não é mais presente, porque sem lembrar, o que passou não existe mais. Por falta de prova, nunca existiu. Memória é uma luta constante contra a Morte mais fatal. Porque ossos são memória, lápides, museus, arquivos e bibliotecas. Mas e quando não há mais vestígio? Quando a última pessoa que se lembra, se esquece, ou também morre? Para quem aconteceu aquela história?
Professora Sandra Colucci, minha musa da Teoria da Historiografia (que me lembra fisicamente Helen Mirren como Morgana em Avalon), dizia assim: uma árvore caiu na floresta. Ninguém viu. Essa árvore caiu? Bem, como relatar um fato não acontecido, ou não testemunhado? Como posso dizer o que Alexandre, o Grande, comeu naquela segunda-feira de um ano bissexto quando tinha quinze anos? Essa data certamente aconteceu: ele completou quinze anos e deve ter vivido uns bons anos bissextos. Ou não, não me lembro se o bissexto corresponde a seu período histórico e nem vou pesquisar hahaha. Mas veja, essa história não existe! Ninguém ficou vivo pra contar.
No meio do mês conversei muito gostosamente sobre política, coisa que eu combinei comigo mesma — por meses de ensaio — evitar. Acontece que isso é basicamente o que eu sou, não é? Sempre estou pensando formas de criar um contraponto com o mundo, porque faço questão de discordar, e detesto que concordem plenamente comigo. Adoro concordar em discordar. Por toda aquela ideia hermética limítrofe: o dia e a noite, a vida e a morte, o céu e o inferno. Não apenas como dicotomias, mas como calçadas conceituais, para sabermos onde é aqui e onde é ali. Se todo mundo é escravo, ninguém é, já que não vai haver a figura de quem escraviza. Se todos são vivos, ninguém é morto. É essa a ideia. Se o ser humano fosse apenas mente, sem corpo, seria ar. O corpo nos limita, os átomos não se confundem no seu endereço.
O Tempo é necessário para o homem, assim, feito carne, ele pode perceber-se como personalidade.
Enfim, por ter essa conversa revoada, me peguei relendo minha monografia, mais uma vez. Quando estamos produzindo, nos perdemos, derretemos, diluímos naquilo que estamos fazendo. Sou assim com tudo: se eu danço, sou dança. Se converso, sou palavra. Se abraço, sou braço. Se olho, enxergo o Universo. Então mergulho feito peixe (para os místicos: meu ascendente é peixes) numa profundeza abissal da coisa com a qual me comprometo. E acontece toda vez que escrevo. Estou aqui disforme, sendo as palavras que digito no computador. Não sei o que vem vindo, mas sei sim porque sou o que vem vindo. Não preciso de Tempo para pensar na próxima palavra, porque ela já está voando em direção ao dedo e ponto final, e novo parágrafo.
Quando reli a monografia eu me esqueci de tudo, para me lembrar novamente. Acredito mesmo no evocar as musas, me desculpem os céticos. A palavra tem muita força, e tenho devoção por cada alfabeto que já tenha existido neste planeta. Tudo que digo hoje sobre costuras, Tempo, oralidade, artesania, estava lá. Eu estava lá e escrevi de madrugada, meio querendo morrer de sono, meio viciada nas linhas de ônibus da cidade de São Paulo em 1989. Papai foi cobrador, fiscal e motorista de ônibus, é minha história também. Quase saiu uma monografia anexa, feito cabeça de Hydra, somente sobre a CMTC e os trajetos da Zona Leste de São Paulo. Eram três da manhã de algum dia de janeiro de 2021.
Fiz esse texto da monografia com muito sofrimento, assim como tantos outros. Quando amo, eu sofro muito. Me travo, meu corpo dói, eu nego até a sexta geração. Fico andando de um cômodo para outro, vou até o portão, fico passando fome, porque a falta de apetite fecha minha garganta, então estômago e língua se divorciam. Estou há umas duas semanas sem comer direito. Tive crise de gastrite. Dormir, já não sei mais. E sei que preciso escrever todos os dias, mas por temer essa angústia, fujo da escrita — o que é burrice, porque não escrever me leva justamente para a fome e a vigília.
Não quero muita coisa da política, não menti. Preciso me afastar justamente para criar limite, levo tão a sério a coisa que viro a coisa. Não é comigo e lá estou eu com o estômago inflamado e sangrando, e não quero passar meses de jejum tomando omeprazol. Mas também não quero sair voando da matéria, nasci e vivo num mundo cheio de contradições, barulho e poluição (do ar, da água, do som, da visão).
As borboletas estão voando
A dança louca das borboletas
Quem vai voar não quer dançar
Só quer voar, a voar
Quem vai voar não quer dançar
Só quer voar, a voar
Me esqueci o porquê disso. Ah, me surpreendi com o que escrevi e com minha proposta. Sempre penso que tenho que criar um mote, uma missão, e fico matutando isso (vivendo isso) sem perceber que sou bem cristalina sobre minhas reais intenções. E sou cristalina porque para mim sou totalmente fosca. Dentro da minha mente sou aquela cena de O Espelho, tudo desmanchando em água e agonia. Então para ser entendida, tento dar a ver as coisas, tintim por tintim, como uma aparição de Santa Clara. E não percebo que transpareço até o que não planejei: vide tantos corvos que me mandam quase todos os dias - “vi esse corvo e pensei em você”.
Tem muita coisa que se passa pela minha mente. Às vezes é para eu explicar, às vezes não. Sei que aqui não deveria ser diário, isto nem é mais um boletim. Mas não está mais sustentável: tenho chumbos de palavras em menos de 50kg, em 156 centímetros. Imagine Júpiter dentro de Mercúrio.
Por isso é necessário escrever, minha gente. Você se vê na própria caligrafia (ou assim, digital), como um espelho que reflete um rosto que não está no seu corpo, porque é imaterial. Por isso existem os confessionários, as fofocas (que não gosto, mas todos nós acabamos caindo nelas), as terapias, os desabafos. A palavra é feito uma bomba, um dardo ou uma lança, que precisa ser disparada de uma catapulta e seja o que deus quiser.
Para estudar, preciso escrever. Não preciso olhar para o professor, nem ouvi-lo: preciso olhar para o papel na minha frente e formular palavras, seja copiando o que ele disse ou fazendo associações simultâneas, ou desenhando. Vou lembrar da aula sobre ontologia no dia 6 de julho de 2019 porque desenhei na beira da página direita enquanto um passarinho batia no vidro e uma colega cruzava a perna.
MEMÓRIA. Que loucura, que meios de se fazer presente.
Por isso faço cadernos, sabe? Uma tela de celular não te dá essa situação idiossincrática, você só está tac tac com os dedinhos no vidro, de cenho franzido porque a tela é pequena, e nessa opressão da testa o rosto já está pronto para ficar bravo com qualquer comentário mal interpretado e sem emoção.
Bom dia, tudo bem? — por escrito, pode ser algo formal, seco, carinhoso, neutro, agitado. Tudo ao mesmo tempo, não dá para saber. Agora com voz, com oralidade, puxa vida, isso ganha alma.
Tempo e Memória se mesclam um no outro; são como dois lados de uma medalha. É suficientemente óbvio que sem Tempo, a Memória não pode existir. Mas a Memória é algo tão complexo que nenhuma lista com todos os seus atributos poderia definir a totalidade das impressões pelas quais ela nos afeta. Memória é um conceito espiritual.
— Andrei Tarkovsky
Memória é traiçoeira porque quando vai perdendo a claridade, vai inventando imaginação, mas é necessária. Se eu tenho um dia bom, o cansaço pode facilmente me fazer esquecer da bonança. Memória traz propósito e ilumina o caminho. Não à toa o Eremita e o poeta de Nostalghia caminham com suas lanternas para a esquerda — o passado. Meus corvos também, tudo que faço no presente e pretendo para o futuro reside no passado. Senão é uma sucessão de repetições sem sentido. Comece a fazer um pano de crochet sem dar o nó inicial para ver se aquilo toma ou não forma. Por isso que não podemos dar ponto sem nó.
No fim, memória é criatividade né? Você guarda aquele sentimento precioso daquela noite acalorada, vai relembrando para não esquecer, como se decora um discurso, como se abraça uma felicidade clandestina, mas o Tempo vai corroendo e oxidando tudo, e as lacunas dão oportunidade de a Memória inventar. Será que é ela a mãe da invenção? Não. É a Necessidade. E necessito lembrar. Todos os dias, cheia de sigilos, bilhetinhos que eu mesma deixei, amuletos, oratórios.
Por isso me aflige a forma que o mundo está tomando. Essas ideias sem eira nem beira… Não que eu seja a favor de opressão nenhuma, até porque sou alvo de várias. Mas pensemos a política como um edifício. Precisa de alicerce, viga, concreto — na medida certa de areia, cimento, água, e qualquer outro ingrediente —, cálculos matemáticos, lógica, enfim, é uma engenharia que inexiste. Que torre é essa que estamos construindo, se não uma Torre de Babel? Castelos de areia, de cartas, de um punhado de dólares? Como o pedreiro, o engenheiro, o designer e o arquiteto não se conversam? Como o cara do caminhão da concreserv não quer falar com o chefe de obras, quer apenas aquilo que é seu direito? E se o engenheiro vem dar uma diretriz equacionária o outro se ofende? Pois é assim que enxergo tanta reivindicação pulverizada, liberal e que parece que acontece apenas nas redes sociais, porque saímos nas ruas e o trabalhador que mais sofre com a luta de classes está ali, comprando pão e aproveitando para pegar a receita do remédio de diabetes na UBS mais próxima, bem rapidinho para assistir o último capítulo da novela e descansar, porque amanhã alguém tem que fazer esse mundo funcionar, e não é o estudante que faz cartazes com caligrafia torta para protestar debaixo do vão do MASP.
MATÉRIA, pensamento precisa de matéria, senão é um devaneio, um sonho de uma noite de verão. Para quê pensar, se não for para agir? E agir sem pensar, então? Puxa, que agonia! Agora imagine que eu fico vivendo tudo isso nos meus sonhos, nas minhas conversas, nos meus banhos, nas minhas costuras. Não posso, não posso me embrenhar nessa seara sem fim. Preciso de recortes, trabalho com retalhos! Sou uma generalista, a vida é pouca, quero falar de palavras, linhas, titãs, sons e nordeste. Para ser sociável, preciso da insociabilidade, senão me perco num mar de gente. Sou visitante, flaneur, quero militar sobre a importância do trabalho, que até isso se perdeu em meio a memes e traduções estadunidenses idiotas. Se ninguém gosta de trabalhar no capitalismo — veja bem, leia assim, de olhos arregalados, com o nariz colado na tela, para ler direito —, como vai gostar de trabalhar num utópico mundo de igualdade, que necessita mais ainda de trabalho, porque um ofício trama e sustenta o outro?
Quando Don Ramón diz “nenhum trabalho é ruim, ruim é ter que trabalhar”, as pessoas não entendem a ênfase da frase (como comentei acima, perde-se a alma da coisa): é o ter que que incomoda. Incomoda a necessidade de se submeter a uma exploração para poder ter o que comer, o que vestir, onde morar. MAS
MAS
num mundo ideal, mesmo que não se tenha que trabalhar, é bom e necessário trabalhar, porque trabalho é criação e manutenção de vida, de história, de sentido de existir. É isso que se espera de um mundo ideal: trabalhar para viver, conhecer, explorar, experienciar a vida, criar, flanar, e ter uma estrutura tão bem arquitetada, que o ócio vai ser sublime.
Mas não podemos esperar que isso caia dos céus. Nem acreditar que reclamar do capitalismo vai fazer com que “o capitalismo” seja o Raposo da Dora Aventureira e pare de explorar simplesmente porque alguém disse “parem de nos matar”. Compreende que falta uma praticidade, uma mão calejada, algo tangível, com carne e com sangue? Muitos, claro, estão com carne, com sangue e recebendo tiros e bombas buscando um mundo melhor. Mas há uma nuvem, uma desgraçada nuvem de ideias mal resolvidas que paira entre os nossos olhos e o horizonte. Uma cortina de fumaça, como dizem, e me preocupa porque História não absolve ninguém, nem revela verdades, como alguns creem, quase neopentecostalmente. A História é a coisa acontecida, e o historiador um investigador que vai ler aquele acontecimento com sua bagagem de vida. Então História é, também, discurso. Que discurso é esse que estamos escrevendo? Qual a ortografia desse discurso, a caligrafia desse discurso — SIM, o visual é extremamente importante —, o tom desse discurso, o propósito desse discurso, a estratégia desse discurso, o tamanho desse discurso, quem se beneficia com esse discurso?
História ainda não é Tempo, nem evolução. São ambos consequências. Tempo é um estado, a chama onde vive a salamandra da alma humana.
— Andrei Tarkovsky
Essa semana vi uma ótima crítica que indicava um filme, que ainda não vi. Mas me empolguei demais com o trailer.
Enfim. Não sei porque disse tudo isso. Talvez porque disso não me descolo, e seria um sonho professar essas palavras e esquecê-las. É impossível viver com isso latejando.
Talvez por ser aniversário do Estúdio, e por perceber que eu esqueço tudo o que digo, e digo tudo o que esqueci, feito Bill Murray em Groundhog Day. Quem mandou, ser fã de Albert Camus? Vivo Sísifa pelo mundo, rolando pedras, querendo acertá-las em diversas cabeças, senão na minha própria.
Por isso gosto de me perder na arte. Quero mesmo a aura benjaminiana, quero a luz do luar, os passarinhos pousando nos galhos da minha laranjeira. Quem resiste a todos esses sistemas falhos é justamente o cotidiano. É nele que devemos recuperar nossas forças, por ele que devemos buscar justiça nesse mundo. Para apreciar um pôr do sol, um copo de whiskey, um ronronar de um gato, a risada de uma criança. Antes de qualquer sistema político e econômico, a vida já existia. E as transformações são longas. Digo, as eficientes transformações são longas. Os séculos 20 e 21 são os menos saudáveis de toda a existência, na minha opinião. É uma overdose de tudo, um castigo de Erisictão.
As coisas se resolvem com Tempo, não se pode querer comer o mundo de uma vez, não se resolve tudo de uma vez, quando uma coisa se ajeita outra se estraçalha, porque vida é movimento, ritmo, causa e consequência. Estamos todos enterrados em tantas coisas, ou tentando nadar num poço de areia movediça. É preciso parar um pouco e mastigar, engolir, digerir, se nutrir, evacuar, enfim, processar as coisas. Com Tempo. Nada que é feito na pressa e no desespero se sustenta. É muito barulho, muito grito, muita palavra ao vento. Palavra tem que ser fábrica, trama, tecido, teia para construir alguma coisa.
Severino, retirante,
deixe agora que lhe diga:
eu não sei bem a resposta
da pergunta que fazia,
se não vale mais saltar
fora da ponte e da vida;
nem conheço essa resposta,
se quer mesmo que lhe diga;
é difícil defender,
só com palavras a vida,
ainda mais quando ela é
esta que vê, severina;
mas se responder não pude
à pergunta que fazia,
ela, a vida, a respondeu
com sua presença viva.
E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina.— Morte e Vida Severina: auto de natal pernambucano. João Cabral de Melo Neto.
Olhe como sou repetitiva: dia 31 de dezembro recitei o mesmíssimo trecho do poema, e nas duas vezes foi um sorteio de página. Por isso acredito no Mistério.
No outro fim de semana saí para escrever com meu amigo
, e ficamos observando o ambiente e criando temas para micro contos. Foi muito bom e pertinente. Escrever sozinha é bom e necessário, mas com um maninho escritor para depois trocarmos os cadernos e lermos a história um do outro, nossa, que maravilha. Em breve publicarei e-book pela Amazon e livro físico, pela Editora do Estúdio São Jerônimo (porque o que eu quero é o que eu penso e o que eu faço, onde eu tô não há bicho papão).Um dos meus álbuns favoritos faz 55 anos hoje! Genesis é uma das minhas bandas favoritas, como já comentei em outra edição da newsletter (é impressionante como me repito — vá lá ler, muito do que foi dito aqui foi dito lá). Mas uma coisa que não se conversa é sobre esse disco, que é mesmo bem juvenil e pobre de recursos. O acho precioso como uma luz que se acende numa caverna e inicia os tempos. Ele diz tudo. Compreende tudo. Afinal: é da gênese à revelação. Se você acompanhar meu trabalho, certamente saberá mais sobre ele em algum momento. Os cadernos musicais já existem lá no site, e vou sim realizar este sonho roqueiro historiográfico. Porque viver é sonhar e fazer o que se ama, trabalhar pelo que se ama, plantar sementes e colher flores e frutos, cantarolando bucólica e idílica feito uma personagem pretérita.
Look inside your mind
See the darkness is creeping out
I can see in the softness there
Where the sunshine is gliding in
Fill your mind with love
—Where the Sour Turns to Sweet, Genesis
No Estúdio
Escrevi os trabalhos do mês de Março, e essa semana ainda sai o post de Abril!
Criei uma lojinha na Elo7. Quem tiver conta lá, fique à vontade para comprar e divulgar. Mas saiba que é mais barato na minha mão!
ou
Justamente para costurar todas as minhas ideias e ofícios, criei o projeto FIANDEIRAS lá no site, onde falarei sobre Destino, Memória, Historiografia, Bordado e Costura, a partir de mitos relacionados a agulhas, fios e tesouras. O primeiro texto foi sobre o conto árabe A Moura, trazido para o Brasil pelos portugueses, e registrado por Silvio Romero. Leia esta trama, pois é cheia de contradições. COMO A VIDA também é.
A moura a fiar… tramas históricas
Finalmente estou no fim de minha pesquisa sobre Led Zeppelin IV, mais um dos textos que eu disse que me fizeram passar fome e sono hahaha. Como é besta, sofrer. Estou rindo num breve momento de lucidez, porque daqui cinco minutos estarei chorando, dramática. Fazer o que se ama dói tanto quanto ou mais fazer o que se odeia. É uma dor diferente, é verdade (e doeu a gastrite, depois de anos). Mas se importar com algo ou alguém é ardido.
Enfim, tem mais produções aleatórias no instagram. Dei para fazer textos soltos nas legendas de reels com músicas setentistas embaixo da minha pitangueira. Sigam-me os bons!
Que texto gostosíssimo. E parabéns pelo aniversário, que venham muito mais textos em qual suporte for! Saúde aos corvos.
Que delicia foi ler esse texto. Me fez pensar em muitas coisas, mas tbm me senti conversando com vc, assim, ao vivo e a cores. Parabéns pelos 4 anos de estúdio. Você vai longe amiga e eu tô aqui te aplaudindo de pé ❤️