boletim n.º III

e como paguei a língua... mais uma vez

Olá, tudo bem?

Esse é o terceiro boletim do estúdio e eu já migrei para o substack. Tanto falei contra que estou aqui — como sempre acontece. Se você já havia se inscrito na news, não precisa fazer mais nada: importei os contatos eu mesma. Mas… pretendo utilizar a plataforma anterior para avisos e merchandising, como um e-mail marketing deve ser. É uma vezinha por mês só, juro! Se quiser cancelar a inscrição fique à vontade, mas peço que deixe estar, pois a divulgação do meu trabalho é parte importante do processo.

O Natal, minha terceira data favorita do ano, acabou de passar. Mas mesmo assim vou deixar essa magia escorrer pelo texto, porque estou no clima.

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LENDO, VENDO & OUVINDO

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LENDO

• BLAVATSKY, Helena P. A Voz do silêncio. Esta mulher foi uma personalidade polêmica do século 19, cofundadora da Sociedade Teosófica, tanto que o tradutor desta versão que estou lendo é ninguém mais, ninguém menos, que Fernando Pessoa. Eu não sei o que dizer sobre o livro, escolhi na curiosidade, mas sei que “inspirou Liev Tolstói, James Joyce, Aldous Huxley, Carl Jung, Gandhi, entre outros”.

• ENRIQUEZ, Enrique. Tarology. Este livro por algum motivo idiota é muito caro, misterioso, não tem em sebo, quem lê não joga fora, e a Amazon pôs o preço do kindle nas alturas. Mas eu corri para o Scribd e tô tentando ler o mais rápido que posso nesses 30 dias grátis do aplicativo (que é MUITO BOM! — mas caro). Fala da linguagem dos pássaros na leitura de tarot, uma visão poética e cheia de trocadalhos do carilho — e o humor do Enrique é uma porcaria, mas estou aprendendo bastante.

• RIBEIRO, Sidarta. Sonho manifesto. Ganhei esse livro bonito da

  Carole’s Newsletter
  , nenhuma das duas leu antes nessa vida. Estou gostando: é acre com cara de doce, engana bem os otimistas. É a primeira vez que vou ler algo contemporâneo, eu acho. Foi publicado esse ano, fala de pandemia, e tudo que ele cita tem FONTES e REFERÊNCIAS, a minha parte favorita de qualquer texto.

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VENDO

• Itaewon Class — é minha primeira vez com os doramas, e eu acho que parece muito os dramas que invento na mente quando quero sofrer. Só vi um episódio até agora, e tudo aconteceu em menos de uma hora.

• Aruanda e outros filmes do cinema novo — fiz o curso “Os Sertões de Glauber Rocha” com o diretor Josafá Veloso promovido pela Casa Guilherme de Almeida, e montei uma playlist com os filmes citados em aula. Com o tempo, atualizarei com mais clássicos do polêmico cinema novo (tenho amigos que detestam, eu amo), tão necessário e sempre presente, já que o Brasil tem fome de viver. Meu favorito até agora foi Aruanda, de Linduarte Noronha.

[…] Onde houver um cineasta, de qualquer idade ou de qualquer procedência, pronto a pôr seu cinema e sua profissão a serviço das causas importantes de seu tempo, aí haverá um germe do Cinema Novo. A definição é esta e por esta definição o Cinema Novo se marginaliza da indústria porque o compromisso do Cinema Industrial é com a mentira e com a exploração.

Glauber Rocha

Seu Jerônimo faz a política da gente, mas Seu Jerônimo não é o povo… o povo sou eu!

OUVINDO

• As Bright as a thousand suns é um álbum de 2012 da banda sueca de neoclassical dark wave Arcana, e eu amo imensamente a música Inceptus. Desde 2019 o Spotify tem sido meu “mercado de pulgas” musical, e conheci muitos sons que jamais me imaginei ouvindo.

• Daemonia Nymphe segue a mesma lógica. Só que a banda é grega e se baseia na mitologia e instrumentos da Grécia antiga, como cítara, barbiton e lira.

• A Charlie Brown christmas é meu filme favorito do Minduim, e a trilha sonora é perfeita. Para mim o natal é tudo o que acontece nessa história.

• Christmas lo-fi é uma playlist da Melina Souza que comecei a ouvir em 2020, primeiro ano da pandemia, o que fez com que se aprofundasse o já denso clima natalino. Afinal, a estética que chega até nós é a de países muito frios, com muita neve, lareira, comida quente, luzes amarelas e um encavernamento que muito me agrada. A pandemia foi e é terrível, mas essas músicas deram uma pitadinha de conforto em dias ruins. Não à toa ela é cozy lo-fi.

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MERCHANDISING

Meu último aprendizado na encadernação foram os bolsos. É uma coisa boba, mas tão bonita e competente, que me senti uma criança descobrindo coisas e se achando adulta. Daí resolvi brincar e olha só no que deu:

estudiosaojeronimo

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ENCOMENDE

Aceito encomendas de encadernações customizadas! Responda esse e-mail ou envie suas ideias para estudiosaojeronimo@gmail.com ou mande uma mensagem no whatsapp. Dúvidas? Conheça o FAQ. Esse começo de ano será low-profile, pois estou desmontando a casa para ser reformada. Mas posso aceitar breves e leves encomendas.

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OUTLET & OFERTAS

Apoie: sobre links de apoio e associados, e deixei tudo bem organizado numa página especial lá no site. Meu trabalho escrito não é remunerado, mas quem quiser patrocinar, eu agradeço de montão. Vou estudando essas novas ferramentas e criar contrapartidas pra vocês no futuro. Por enquanto pense que é um café que você me paga. ☕

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É isto. Espero que gostem da nova configuração, e vou deixar o dossiê pra depois, já que me envolvi bastante na escrita desse mês. Mas vem aí…uma coisa…— curiosamente todos os dossiês que fiz tinham teor desagradável ou de origem nada nobre. Não quis estragar o natal…

Profondo Rosso — Dario Argento, 1975

Até o ano que vem!

Helen